sábado, 29 de dezembro de 2012

Lembranças

QUADRO DE SALVADOR DALÍ


O professor mostrou esse quadro de Salvador Dalí para que observamos e depois discutirmos sobre o que esse quadro queria nos dizer, foi uma discussão só entre a turma. Olhando para estes relógios que derretem, percebo que o ser humano vive através do tempo, ora porque passa de pressa, ora porque parece que está congelado, mais a verdade que na correia do dia a dia, estamos pensando no dia de amanhã  sem nem mesmo ter terminado o dia de hoje.  

Vendo esse relógios me lembro de um poema que eu gostava de recitar para meus colegas no final da aula.

O Relógio

Passa tempo, tic-tac
Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, vai-te embora

Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado

E já perdi toda alegria
De fazer meu tic-tac

Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia

(Vinícius de Moraes/Paulo Soledade)



Esse foi o desenho que fiz sobre a minha infância, para juntar com os outros e formar a colcha de retalhos. Pensando sobre o meu tempo de criança, onde ainda podíamos brincar sem se preocupar com nada.
Esse poema até hoje gosto recitar, pois discuto com meus filhos sobre essa casa, que parece imaginária.

A casa

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos bobos
Número zero.

(Vinícius de Moraes)

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